Cortés Explica o Motivo dos Espanhóis Não Poderem Ficar Em Tenochtitlan de Noite
No próximo dia, em uma das horas de manhã, após ver a missa, eu retornei a cidade na mesma ordem com minhas forças, então o inimigo não pode abrir brechas na estrada e criar trincheiras; Mas ao longo do caminho nós estávamos de forma prematura no terreno, de três ruas que a água cruzava do campo até as grandes casas da praça, as duas nas mesmas condições dos outros dias, eram extremamente difíceis de serem tomadas; O combate durou das oito da manhã até a tarde, durante todo este tempo as flechas e bolas eram atacadas pelos arqueiros e os mosqueteiros estavam exaustos. Sua Majestade deve acreditar que o perigo era tão grande que estávamos expostos todo momento que avançávamos sobre as pontes e algumas vezes os espanhóis se viam obrigados a se atirar na água para o lado oposto; Isto não foi feito ou não poderia ser feito, pois o inimigo estava do lado oposto pronto para dilacerar nossos homens com facas suas atirar suas lanças neles. Mas eles não tinham mais terraços e telhados para nos irritar o que ele faziam apenas a distância por agora e nós também atiramos uma chuva de flechas de nosso lado, mas nossa comitiva era deveras resiliente e os espanhóis se encheram de coragem e ímpeto e determinados a passar, especialmente quando viram minha determinação em tomar aquela posição e que afundar e nadar, alguma coisa eficiente deveria ser feita. Talvez pareça para Vossa Majestade que encontramos tanto perigo em ganhar estas pontes e trincheiras que fomos culpados em negligenciar em não mantê-las uma vez que a capturamos e assim evitaríamos sua retomada diária e a renovação do perigo e da labuta, o que era inquestionavelmente grande, assim como deve parecer para quem não estava presente. Mas Sua Majestade, o senhor deve saber que isso é impossível, pois para assegurar tudo isso, duas coisas eram necessárias - Nós deveríamos remover nosso campo até a grande praça contendo os templos e os ídolos e nosso povo deveria guardar as pontes durante toda a noite, ambas as coisas estaríamos correndo grande perigo e se tornariam impraticáveis. Nós dormiríamos dentro da cidade toda noite. E o inimigo nos surpreenderia com ataques e emboscadas sempre, de todos os lados. Então, guardar as pontes pela noite, os espanhóis estariam tão fatigados pela luta, que nenhum faria o trabalho de guarda perfeitamente de noite; E assim sendo, estamos compelidos a retomar a cada dia que entramos na cidade.
Neste dia, tivemos muita demora em tomar as pontes e retornamos enchendo de água, não tivemos tanta oportunidade em não fazer mais que duas outras capturas de pontes na via principal até a cidade de Tacuba, da qual nós enchemos e após queimamos todas as casas nas ruas. Neste tempo, estava de noite e na hora de retornar ao campo, assim foi feito com menos perigo do que em tomar as pontes; Assim que eles nos viram se retirando, os habitantes se recuperaram em um grau que pareciam que estavam vitoriosos, e que estávamos fugindo deles; Era necessário para nosso retorno em segurança, que o espaço ocupado pelas pontes estivesse com água em cada rua e que a cavalaria pudesse se mover mais livremente de um lado a outro. Ás vezes quando retornamos ao campo, o inimigo nos persegue tão vorazmente, que nós realmente temos que fugir e então virar de repente sobre eles e os encará-los e tomar de doze a quinze prisioneiros, de seus mais vorazes. Por estes meios, as emboscadas que fizemos a eles, das quais eles constantemente continuam caindo e sempre sofrem; E sua conduta é de grande admiração, seja independente de quantos males e perdas estamos expostos em nosso assédio e marcha, eles continuam nos perseguindo até nos vir fora da cidade. Então nós retornamos para nosso campo e quando os capitães dos outros postos nos informam que tiveram sucesso no mesmo dia e conseguiram destruir o máximo de inimigos seja por terra e água;
- Hernán Cortés, Segunda Carta, Páginas 281 - 283.
Fonte: American Historial Association.
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